terça-feira, 17 de agosto de 2010

AUSENTES

"Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio." - ( João, 20:24.)




Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunho a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.


Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.


A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.


O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento.


Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação.


Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.


Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito.


Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina?


Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glorias eternas?


Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio.


Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.


Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.


Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.


Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.


A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.


Quem desejar a benção divina, trabalhe para merecer.


O aprendiz ausente de aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Fonte Viva, Médium: Francisco Cândido Xavier.

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"Os pés conduzem o corpo, e a mente traça o caminho"