quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

VARIAÇÕES DA CARIDADE




Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.


Caridade que auxilia para furtar-se às obrigações do trabalho é inclinação à preguiça.


Caridade que se expressa para dominar o pensamento e a conduta dos outros é tirania de espírito.


Caridade que ampara com o objetivo de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiro do orgulho.


Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.


Caridade que dá para receber é bondade com propósitos subalternos.


Caridade limitada aos familiares e amigos é tisnada de paixão.


Caridade que socorre e não perdoa é uma porta de ouro para a introdução à crueldade.


Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.


Caridade que beneficia desesperando é inquietação e impaciência.


A caridade legítima jamais aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece, não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.


Se desejamos caminhar em companhia da divina virtude, cultivemo-la, em silêncio, no coração, à maneira do Herói do Amor Infinito que, para revelar-nos a caridade pura, entregou-se, confiante, à Vontade de Deus, pela morte na cruz.


Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Indulgência, Médium: Francisco Cândido Xavier.

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"Os pés conduzem o corpo, e a mente traça o caminho"